Dia 5: Bruxelas

As esplanadas exibem norte-americanas de óculos com correntes. A subida alarga o espaço. Pequenas tendas e candeeiros do século XVII convivem com máscaras tutsis, enquanto as porcelanas defendem o seu espaço de forma corporativa. Uma cómoda de friso dourado encolhe-se a um canto. Tudo respira antiguidade, afastando a ideia de velhice. Mais abaixo, um turco sugere mexilhões, quanto dois sírios apostam na carne. O tacho parece um viveiro, com cheiro apenas perturbado pelo vapor. Mais acima, jovens vestidas de preto defendem o minimalismo de Pierre Marcolini. O símbolo da semente limita-se à presença em embalagens negras com indicação de origem. Pralinés defendem o estilo atrás do vidro. Em frente, morangos mergulham em chocolate branco, loja vazia.

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