The Simpsons (**)

Quem nos lê sabe que andávamos a salivar por isso há muito. E também sabe que somos profundos conhecedores da série, dos seus mais profundos segredos, do perfil das personagens e da sua evolução, das diferentes versões do genérico, bla, bla, bla. E agora passa também a saber da nossa desilusão. The Simpsons, o filme, não fica atrás de The Simpsons, a série. Mas devia, isso sim, ficar bem à frente. Era possível? Sim. Porque uma coisa é manter o humor corrosivo, o equilíbrio dramático e a storyline identificável. Outra é levar tudo isso mais longe, e fazer algo histórico. Groening e companhia ficaram-se pelo mimetismo de um episódio, de maior duração, e nada foi levado ao extremo. Sim, o brilhantismo está todo lá, mas nós queríamos algo diferente. Algo extremo. Algo levado ao limite. Este, aliás, parece ser um problema de séries de TV que deixam a sua marca: já em X Files havia acontecido o mesmo, uma longa metragem que não passava de um episódio esticado, onde tudo estava, mas nada de novo surgia. Aqui, o mesmo. Nada de novo no Reino da Dinamarca.

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