Vénia do dia: Fleet Foxes

décimo oitavo regresso

décimo sétimo regresso

Tenho saudades (manca-me) polaroid. O químico era
doce.
E os dias passavam-se à sombra das nuvens de fumo, moendo dentes de álcool, atirando romãs aos gatos. A cor obtinha-se desfocando gravemente as dioptrias da pele das cadeiras, nova feito
plástico com cheiro, e em processo orgânico familiar. Shoot. Posta
uma mesa rotativa para cinco, aos pares, o cachimbo era então construído do castanho para a retina,
do cinzento para o banal,
com areia à mistura. Fala-se alto. Os pinta-roxos lidos algures entre Évora e Canal Caveira formam-se na antítese das penas, e cada película é uma sujidade alternativa das cordas. Ao canto, um ombro raspado. Um ângulo construído pela forma do indicador, ou antes a ideia de um tempo que não chegou a existir, entre culpas argelinas e o som abafado da carpete da sala. À luz, água. Dobrando a cervical, tudo já parece pouco mais do que.

A minha palavra favorita da semana XXIV



Butoh

Superbock em Stock

Mesmo o consumidor mais distraído tem noção que, em Portugal, e mesmo um pouco por todo o lado, a época dos festivais de música é o Verão. Porque há férias. Porque os grandes terreiros de pó, junto ao rio ou à praia, convidam a banhos, sons e bejecas no pino do calor. Porque os amigos unem-se em maiores grupos. Porque há amores efémeros e noites esquecidas ou lembradas. O resto do ano passa-se a saltaricar de concerto em concerto, em sala fechada, grande ou pequena. Os grupos são menores, e os preços bem maiores. A Superbock, como grande marca de cerveja que se preze, aliou-se há muito aos festivais de música (ou não fosse o Verão o pico de vendas do produto). E este ano avança com uma ideia quase revolucionária: um festival de música em pleno Outono avançado, já a espreitar o Inverno. Claro que o figurino não podia ser o mesmo, senão facilmente teríamos wrestling feminino na lama. E daí os senhores da Unicer pensaram na coisa de forma bem diferente: durante dois dias, todos os espaços disponíveis na Av. da Liberdade, mesmo os mais raros, acolhem nomes do cenário musical actual em pequenos concertos. O bilhete é único para os dois dias, 3 e 4 de Dezembro, e a ideia será andar a saltar do Tivoli para o S. Jorge, ou do Parque Mayer para o Maxime. Reconhece-se uma programação que quer aliar novos valores nacionais com nomes lá de fora. E, perdoem-nos os restantes, mas todos os holofotes vão para Santogold, Lykke Li, Ladyhawke, El Perro del Mar, Peixe:Avião, Deolinda e Zita Swoon. Este é daqueles que ou pega de estaca ou morre à nascença. A ver vamos se alguém ajuda à sobrevivência da coisa.

Mulheres levadas da breca XIV



Zooey Deschanel

Música de Domingo XV



Joan as Police Woman, To Be Loved, in To Survive, 2008

Mulheres levadas da breca XIII

Joan Wasser

O Animatógrafo vota no falso Sarkozy