Posta com banda sonora I: Rossini, "Stabat Mater"



Colocada a esperança na água, restava apenas entrar. Ele entrou vagarosamente, sacudiu a neve do sobretudo, e parou. Ela entraria minutos depois, a passo breve, sob a observação de gárgulas. O corpo, porém, permanecia imutável, ao fundo. Tinha sido rápido. Haveriam de passar anos sobre a próxima visão das águas, e porém ambos se mantinham à distância prudente do som, como se a temperatura não fosse passível de ser alterada. Jamie tinha três anos agora em putrefacção lenta. À luz da crucificação, não teria culpas. À sombra do corpo, assumia a responsabilidade de estar no tempo. A fragilidade do estado teria sido maior que a vontade divina, e agora apenas restava entrar e percorrer as galerias, a metros. Ele olhou para o relógio e abstraiu-se do corpo. Ela passou levemente os dedos nas arestas do penúltimo banco, à procura das formas, e regressou, como se a abstracção tivesse um simulacro de controlo.

Provérbios bizarros (I)

A boca do ambicioso só se fecha com terra da sepultura.

Alguém veio aqui parar pesquisando... (XIII)

- "boneco gótico 3d"

- "barcos pneumáticos são cheios de ar"

- "bairro do fim do mundo"

- "bonecos com bicicletas cómicos"

- "posições de ballet"

- "pokemon episódios dobrados"

- "soraia chaves wallpaper"

- "moisés e a fuga do mar vermelho"

- "estética seios"

:S

Imagens de filmes II


À Bout de Souffle, dir. Jean-Luc Godard, 1960, França

Imagens de filmes I


Porto das Caixas, dir. Paulo Cesar Saraceni, 1962, Brasil

Rufus Wainwright / Going To A Town

Rufus Wainwright está de volta, com o melhor trabalho de carreira e um dos discos do ano. Fica Going to a Town, cuja letra é já um manifesto. A ouvir em replay insistente.

Texto que será mal interpretado

Eu acho piada a homens pernetas ou coxos. São cómicos. Há algo de personagem de banda-desenhada na sua forma de andar, como se não pertencessem à mesma dimensão que nós, homens-erectus. Um homem perneta é um ser estranhamente interessante: bamboleia-se, não anda; move-se, não caminha. Quando vejo um homem perneta dá-me vontade de iniciar um diálogo do qual as seguintes frases necessariamente fariam parte:

"E que outros super-poderes tem?"

"Consegue manter a compostura num casamento e não se rir de si próprio?"

"Pois, realmente isso é óptimo com as mulheres"

Um coxo, em contrapartida, não é tão cómico como um perneta. Ainda assim, a semelhança com um sobe e desce deixa-lhe alguma margem de manobra em stand-up comedy. Um coxo é um ser que não conseguiu ser perneta mas teve inveja e acabou por ficar num estado intermédio. Um coxo não corre, salta sobre si mesmo. Um coxo está permanentemente a gozar connosco: ora nos vê de cima ora de baixo. Num filme de Manuel de Oliveira, o coxo é o sal dos trinta minutos leves, na segunda parte. Entre bocejos, olhamos para o coxo com alegria e esperamos que Oliveira o torne na sua principal personagem. Um coxo é uma lufada de ar fresco: movimenta o espaço à sua volta, criando um efeito de remoínho vertical que renova o oxigénio.

Eleições: Lisboa

Andei a adiar o meu novo recenseamento desde Janeiro. "Ah, e tal, tenho que lá ir". "Ah, pois é, esqueci-me". Na semana passada tratei do assunto. No mesmo dia, a Câmara caiu. Uma das questões que sempre me irritou profundamente foi não votar em Lisboa. A casa dos meus pais situa-se a escassos metros do limite do conselho. Estudei em Lisboa, trabalhei e trabalho em Lisboa, vi sempre cinema em Lisboa, passeei em Lisboa, saí à noite em Lisboa, comprei quase tudo o que tenho em Lisboa. Votei na Amadora. Apesar de apenas e só residir no concelho, e passar muito mais horas em Lisboa do que em casa, a lei sempre me obrigou ao voto ali. Agora, finalmente, decido sobre o futuro da cidade que verdadeiramente me diz respeito.
A palhaçada a que a situação da CML chegou merece poucos comentários. Dos poucos, salienta-se que tudo começou com Santana. Corria o Verão de 2001 e quis a sorte que o meu primeiro trabalho a solo em imprensa generalista (Diário de Notícias) fosse a cobertura de um encontro de Santana Lopes com representantes da Associação de Comerciantes de Lisboa. Na cave do Nicola, entre velhos detentores de lojas bafientas, eternos conhecidos do regime salazarista, Santana mostrou o que se viria a concretizar na semana passada: total delírio semi-político, com manifesta ausência de visão de qualquer ordem: urbanística, cultural, social ou outra. De lá para cá, Santana chegou ao governo e transmitiu ao Estado esse profundo caos emocional. Lançou o guerreiro-menino de forma singela, e marcou decisivamente os primeiros aos políticos do séc. XXI português.
Estamos, quer-me parecer, no final de um ciclo político. Poderemos estar, parece, já livres da sobranceria mediático-filosófica de Carrilho, como da inaptidão operacional de João Soares ou da inabilidade global de Carmona. Poderemos estar, parece, num caminho de retorno à rectidão de Sampaio.
É mais do que óbvia a jogada fortíssima de Sócrates, ao avançar com um dos melhores ministros que tem. António Costa nunca escondeu a veia autárquica, revelada em Loures. Nos próximos anos nunca teria hipóteses governativas, e não se lhe conhecem competências técnicas específicas para um cargo internacional. É um político, puro e duro, com visão global, experiência operacional e disponibilidade para um dos lugares mais importantes no país. Rapidamente Sócrates conseguiu substituir um ministro popular e forte por um ministro mediaticamente desconhecido mas politicamente reconhecido, oriundo directo de um organismo acima de qualquer suspeita: o Tribunal Constitucional. A equipa de Secretários de Estado mantém-se, e tudo parece estar bem no reino da Dinamarca. Ao centro-direita o desespero manda Fernando Negrão para a fogueira, quando os pesos pesados do partido se escondem nas sombras, como se nada se passasse, e Marques Mendes não tenta sequer meter-se em bicos de pés. Portas fará o seu jogo para um pelouro e precioso tempo de antena. O PC mantém o homem de sempre e o Bloco pisca o olho à outsider, que, ainda que desencantada com o aparelho do partido de origem, não cai em facilitismos.
A campanha será rápida e simples. Os lugares estão traçados. Não há heranças, e ninguém assumirá que lá estava. Ninguém defenderá obra feita, porque não existe. Não há renovado Parque Mayer, o túnel do Marquês não está pronto, a reabilitação da Baixa-Chiado não existe, não há projectos, não há visão, há um gigantesco buraco financeiro. Não há máquinas de campanha oleadas, não há materiais, não há plano, não há programa. Vão surgir palavras, um ou outro debate, uma ou outra ideia nova para animar a malta, muita conversa sobre as contas. Alguns falarão em auditorias ou inquéritos, para depois dizerem que a situação é gravíssima. Já sabemos isto tudo. Ao trabalho, então.

PS: se não me engano, daqui por três ou quatro meses o Castelo de S. Jorge será aberto de novo a todos os visitantes, sem bilhetes de entrada ou demais brilhantismos. No dia em que isso acontecer, voltarei. E aqui será dada conta.

Funchal

Madeleine

A esta hora, a pequena Madeleine já estará num húmido primeiro andar em Istambul, com três Xanax no bucho e pronta para a diversão. Quando a GNR começou a procurar já iria para além de Huelva. Ainda assim, é curioso reparar que:

1) - Há uns anos, lembro-me do desaparecimento do Rui Pedro, caso também ele mediatizado. Mas não me lembro de forças especiais de procura, nem de peritos forenses, nem de hordas (bonito, heim?) de gente a correr o país à procura do puto. Lembro-me que mais tarde surgiu uma foto apanhada num PC de um pedófilo que talvez fosse o Rui Pedro. Mas não vi ministros a discursarem sobre o assunto, nem a PJ a fazer comunicados diários, nem a contribuição de forças policiais estrangeiras. Quantos Rui Pedros houve desde então?

2) - Se bem me lembro, o Rui Pedro não tinha três anos quando desapareceu. Nem tinha sido deixado a brincar numa estância, com irmãos mais pequenos, enquanto os pais foram alegremente jantar fora a 50 metros de distância. Se calhar os pais do Rui Pedro, quando iam jantar fora, até levavam o Rui Pedro. Ou então, se o Rui não se portava bem à mesa, não iam e ficavam todos em casa. Ou se calhar os pais do Rui Pedro aproveitaram para ir jantar fora sozinhos antes do Rui Pedro nascer, ou então pediram a alguém para ficar com o Rui Pedro enquanto precisavam de algum tempo sozinhos;

3) - Se bem me lembro, não me lembro de uma onda de comoção por causa do Rui Pedro. Os "Casos de Polícia", na SIC, lançaram a foto do Rui publicamente, mas não me lembro de entrar num café e ver gente de lágrimas nos olhos a olhar para o pequeno ecrã. Nem me lembro de reportagens especiais e directos e debates e programas específicos, diarios, durante duas semanas, sobre o Rui Pedro. Deve ser Alzheimer, muito possivelmente, dados os meus 27 anos de idade, são os primeiros sintomas;

4) - Agora que penso nisso, o Rui Pedro não tinha pais ingleses. Nem era loiro, pequenino, com olhos amendoados e ar angélico. Ah, e quando o Rui Pedro desapareceu, a Europa ainda não tinha tido o privilégio de conhecer Marc Dutroux. E ainda os bispos norte-americanos brincavam aos médicos, assumindo claramente o erro de vocação e instrumentalizando a palavra do Senhor da mesma forma que um engenheiro bioquímico ucraniano se assume com trolha em Salvaterra de Magos;

Claro que a pequena Madeleine não tem culpa. E nunca saberá sequer, o que lhe aconteceu, ou quem era o Rui Pedro. Ainda assim, talvez se encontrem.

Meg Stuart

Hurray, hurray, rejubilai! Ora, parece que é mesmo verdade: em Julho Lisboa assiste a um ciclo totalmente dedicado a Meg Stuart, a norte-americana mágica dançarina/performer/actriz/criadora-de-mundos. E ainda para mais, é a primeira parceria séria entre o CCB, a Culturgest e o Teatro Camões no campo da dança. Diz a organização que "o ciclo abre a 3 de Julho, no CCB, com a estreia de BLESSED, um novo espectáculo criado por Meg Stuart, com Francisco Camacho (3, 6 e 10 de Julho), prossegue na Culturgest com um novo dueto criado com o coreógrafo austríaco Phillipp Gehmacher (dueto Meg Stuart & Philipp Gehmacher, título provisório, 4 e 5 de Julho), regressa ao CCB com a reposição da instalação sand table (6 e 7 de Julho) e com a estreia em Portugal da última e aclamada peça de grupo de Meg Stuart, It’s not funny (7 de Julho), e termina no Teatro Camões com o espectáculo de improvisação Auf den Tisch! (12 e 13 de Julho), comissariado por Meg Stuart. Paralelamente realizar-se-ão uma Master Class (Teatro Camões, 9 de Julho), uma apresentação de filmes e vídeos (CCB, 9 de Julho) e uma conversa com Meg Stuart, Myriam Van Imschoot, Mark Deputter e Gil Mendo (Culturgest, 10 de Julho)". Assim a vida permita, estamos lá, para ver e contar (só não dançamos, felizmente).

Eleições: França

Por defeito de fabrico, sou muito mais anglófono que francófono. C'est dire que não segui a campanha francesa de perto, as reportagens de perfil dos candidatos passei à frente, as reacções à primeira volta ignorei conscientemente. A TV5Monde mostra neste momento o novo presidente francês: Nicholas Sarkozy. Numa votação histórica (fala-se em mais de 80 por cento de afluência às urnas), o líder de centro-direita bate a socialista Ségolène Royal por seis por cento. Acaba a era Chirac, e para um anglófono que visão traz este resultado da "velha França"? Parece claro que os franceses querem um presidente que lhes traga de novo o papel central na Europa que tiveram em décadas anteriores. Internamente, o discurso claramente securitário da direita parece ter penetrado no centro do espectro político, que premeia precisamente o homem no centro das decisões à volta dos tumultos de há dois anos. O PS de Royal falha uma vez mais o regresso e mergulha a esquerda francesa num deserto que parece não ter fim, mesmo quando liderado por uma mulher carismática e afável como parece ser Ségolène. O que quererá isto dizer para os franceses? Sinceramente não sei. Será de esperar uma nova política de imigração, que poderá trazer a comum falsa sensação de segurança. E ainda assim, ao que parece, existe a possibilidade de Sarkozy se ver rodeado de um governo de esquerda moderada, o que é uma surpresa. E depois há o historial de "nãos" do povo francês: não a Jospin, não a Le Pen depois, não ao tratado europeu, não, no fundo, aos responsáveis políticos que dominaram a última década e à sua forma de conduzir os projectos. E porém, o voto "sim" desta feita vai para um dos actores políticos que vem de trás, e não para sangue novo. Novamente, ao que parece, está a França na encruzilhada que nos assaltou nas últimas legislativas: é preciso reformar as instituições, recuperar o bom nome da política e reabilitar a França consigo mesma e com os franceses. Veremos, muito em breve, que direcção terá o governo que vai trabalhar com Sarkozy (as legislativas são já em Junho) e, em consequência, de que lado sopra a brisa em Paris.

Eleições: Madeira

A SIC acaba de avançar números: terão sido 70 por cento dos madeirenses votantes os que consideram que o "tio Alberto" é a melhor opção para a ilha. Tendo estado quinta e sexta-feira no arquipélago, assaltam-me algumas ideias:

1) - É transparente a falta de identificação dos madeirenses com o país. E isso, em grande parte, resulta do discurso bacoco e gratuito de Alberto João Jardim ao longo de 30 anos. A mensagem, à semelhança de qualquer regime totalitário, é repetida até à exaustão, criando na mente de cada um o inimigo invisível, eterna razão de desgraças e permanente atentado à Madeira. O resultado final é uma região com fortes laços identitários internos, mas praticamente sem qualquer ligação com a "nação";

2) - É também transparente a falta de capacidade ou desejo de qualquer detentor de cargo político nacional em tentar alterar a situação ou, quanto muito, promover um tipo de respeito por parte de Alberto João que simplesmente não existe. A campanha na Madeira foi um folclore com bailinho local, mas sem participantes de fora. Sócrates não meteu lá os pés, Marques Mendes nem no continente se vê. Apenas Portas e Louçã meteram asas ao caminho, e sobretudo porque lhes interessa, pessoalmente no primeiro caso, politicamente no segundo. O que diz bem da situação. Nem Cavaco, que conhece de perto Jardim, se atreve a abrir a boca. Basicamente a situação é tida como perdida, e apenas do ponto de vista legislativo se consegue fazer alguma coisa (veja-se a nova lei de finanças que deu o mote à demissão de Alberto João). O que, democraticamente, não deixa de ser uma vergonha;

3) - O que talvez não será tão transparente é a incapacidade dos madeirenses em serem minimamente razoáveis. Sim, praticamente tudo na ilha está na mão de Jardim, mas dar a maior maioria absoluta ao fim de trinta anos de prepotência, corrupção e intimidação (dos media, por exemplo) é a melhor prova de cobardia possível. Ou de egoísmo. No fundo, ao passar no centro do Funchal, a ideia que fica é a de que os madeirenses sabem que, face ao continente, não terão ninguém melhor: na defesa de verbas, na manutenção da zona franca, na continuidade de um estado de suspensão económica alicerçado no turismo e que dispensa grandes contributos para o PIB nacional, em termos de actividade económica real: empreendadorismo, investimento a longo prazo, relacionamento bilateral com o continente, Espanha, Marrocos. O voto madeirense em Jardim é não só o voto do conformismo como do umbigo. Pode dizer-se que não há alternativas. E das alternativas diz-se que não surgem porque não vale a pena lutar contra o estabelecido. E nisto a Madeira arrasta-se no marasmo democrático que o continente deixa assentar. Jardim duracell.

O Estado do Mundo: Pasolini e Benjamin

Começa a 18 de Maio a Plataforma 2 do Estado do Mundo, iniciativa da Gulbenkian que promove a reflexão sobre o dito a partir da criação artística. Entre outras coisas, há La Rabbia, documentário de Pier Paolo Pasolini que se pergunta "por que razão é a nossa vida caracterizada pelo descontentamento, pela angústia e pelo medo?". É um documento de 1963, profundamente existencialista, e uma oportunidade única para ver material raro de Pasolini em cinema. Em teatro, surge Desempacotando a minha biblioteca, espectáculo a partir de texto homónimo de Walter Benjamin. Lê-se no site do evento que "na primeira [parte] – uma dramatização do texto de W. Benjamin – tratar-se-á dos livros enquanto objectos, nas suas ressonâncias minuciosas, enquanto agentes de uma trama que se constrói ao longo do tempo da sua própria existência: uma espécie de “biografia da bibliografia”. Na segunda, enveredar-se-á por percursos em torno de narrativas inscritas nas páginas de uma colecção concreta de livros: como deambulação por um campo de referências bibliográficas, serão coleccionados excertos de textos diversos que, no seu conjunto, encadeados, servirão para construir um enredo livre em relação à especificidade das respectivas fontes". Ide ver, em www.estadodomundo.gulbenkian.pt

Começo a sentir-me mal...

Por ainda não ter visto Inland Empire. Será grave?

Em breve...

Imagens do Funchal, ou a total ausência de democracia social. Ou outra.

IndieLisboa2007: conclusão

Como em anos anteriores, a meio do evento dá-me a preguiça e perco a vontade de escrever sobre os filmes todos. Depois destes aqui em baixo, ainda vi uns seis, do qual se destaca "Rio Turvo", do Edgar Pêra. O novo projecto do português é mais críptico do que o habitual, mas não deixa de ser um risco visual, o que é sempre de aplaudir. Teresa Salgueiro surge mais lasciva que nunca, Manuel João Vieira dentro do estilo cinematográfico habitual, Pêra fez o melhor que pode com pouquíssimos meios. O resultado, uma história a partir de Branquinho da Fonseca, é um deambular quase onírico nas margens do Tejo, que se descreve melhor como um exercício de estilo do que como uma obra estruturada enquanto filme. Em termos globais, o Indie parece ter atingido a maioridade. Foram exibidos 250 filmes, de todos os géneros e feitios, dentro do cinema independente. A organização pareceu uns furos acima, e o factor "número de salas" faz bastante diferença. Por outro lado, continua a pecar-se pela falta de estruturas de apoio nos cinemas (bares, cafés, etc) e algum amadorismo nos existentes. Quanto a premiados, Falkenberg Farewell teve um galardão menor, Pas Douce, uma excelente longa de Jeanne Waltz, vê a distribuição comercial em sala à vista e Love Conquers All, de Tan Chui Mui, acaba com o prémio máximo (em ex-aequo com El Amarillo, que não vi) depois de me ter feito adormecer uns minutos. O que quer dizer que ou eu não percebo nada de cinema, ou há júris que mais valia estarem quietos. Para o ano há mais.