Corria um Dezembro frio, em 1995. Em Março, gás sarin tinha morto 12 pessoas em Tóquio. Em Abril atacava o unabomber. Fangio despedira-se da vida em Julho, enquanto Deleuze punha termo à sua em Novembro. Em Setembro tinha nascido a Playstation. Em Dezembro, frio, Sampaio corria contra Cavaco, que pensava correr a favor do vento. E depois surgem 45 segundos de silêncio e um bolo-rei que ficou para a história política portuguesa. São 45 segundos de ridículo, autismo, prepotência, ignorância, mediatismo, no fim de anos semelhantes, com muito de necessário concretizado mas muito de necessário por fazer. São 45 segundos para saborear. Tudo isto há, precisamente, 11 anos.
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