"Na Alemanha, onde a prostituição foi legalizada em 2002, Clare Chapman, 25 anos, formada em tecnologias de informação, pode ficar sem subsídio de desemprego depois de ter recusado um emprego, que requeria prestação de "serviços sexuais" num bordel de Berlim. O caso tornou-se público através da edição online do jornal Daily Telegraph, que explicou que com a legalização da prostituição, os donos dos bordeis - que são obrigados a pagar os descontos e o seguro de saúde dos seus empregados - têm acessos às bases de dados oficiais das pessoas que andam à procura de trabalho. Segundo a publicação britânica, Clare Chapman recebeu uma carta do centro de emprego a informar que havia um empregador com interesse no seu currículo, onde referenciava que já tinha trabalhado num café e disponibilidade para trabalhar à noite. A jovem alemã vem a descobrir que é para trabalhar num bordel. «Não há nada, agora, na lei que evite que as mulheres sejam enviadas para a indústria do sexo», afirmou Merchtchild Garweg, um advogado de Hamburgo. O especialista explica ao Daily Telegraph que «os novos regulamentos afirmam que trabalhar na indústria do sexo já não é imoral, e, portanto, esses empregos não podem ser recusados sem que se perca o subsídio de desemprego».
Destak, pag. 4, 12/12/2005
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