Com ela na mão

Primeiro que tudo: na passada quinta-feira escrevi um post desenvolvido sobre o governo de Sócrates, oposição, etc.... O blogger comeu-o e perdi o texto, mas fica aqui registado, tinha deixado literatura pascal que por razões técnicas não chegou a ser pública. Assim sendo, fui curar as frustrações a Barcelos. Aproveitando a presença necessária num evento à margem do jogo da Selecção, vi o jogo e fui passear. No regresso, parei numa estação de serviço da A1, como bom condutor. A ida à casa de banho, no entanto, revelou-se-me como marcante. Isto porque o sistema sonoro no espaço não transmitia a MegaFM, nem a Comercial, nem a rádio clube Pombal, mas sim.... missa. Isso mesmo, Avé Maria cheia de graça, o senhor esteja convosco. Dei comigo "com ela na mão" a ser evangelizado. E se quisermos analizar a coisa, parecia um filme de utopia religiosa: um gajo anda no carro e ouve missa, sai à rua e dão-lhe a palavra do senhor. Vai a uma casa de banho pública e missa com ele. Se fosse um argumento, o parágrafo inicial poderia ser:

"Pedro entra na casa de banho para urinar e o sistema sonoro debita rezas. Aleluia, aleluia, ouve-se. Pedro abre a breguilha e olha para a coluna de som pendurada por cima de si, com um ar perseguido. A acção decorre em 2106, e a Terra foi dominada pela religiosidade total, há símbolos em todo o lado, ouve-se missa permanentemente".

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