Viagem ao Passado Recente - IV

1986. No primeiro dia do ano, Portugal e Espanha entravam oficialmente para o grupo dos agora 12 da então CEE. Em Abril viria a falecer Simone de Beauvoir, e Chernobyl saía do mapa mundo e entrava para a história da humanidade, pelas piores razões. Em Junho desaparecia Jorge Luís Borges, enquanto Wole Soyinka era Nobel da Literatura. Enquanto a selecção portuguesa se humilhava no Campeonato do Mundo, no México, em Espanha o Real Madrid ganhara o campeonato e a segunda taça UEFA da sua história, em ano consecutivo. Da equipa constavam nomes como Hugo Sanchez, Michel, Sanchís, o guarda-redes Buyo, e Emilio Butragueño. Nascido na capital espanhola em 1963, Butragueño viria a afirmar-se como um dos maiores extremos do futebol europeu. Conhecido por El Buitre, o espanhol nunca foi admoestado com um cartão vermelho em toda a carreira e representou somente três clubes, tendo o Real como grande paixão assumida. Em meados da década de 80, dizia-se que Butragueño hipnotizava os adversários e passava por eles a uma velocidade estonteante, como demonstra possivelmente o seu golo mais conhecido, frente ao Cádiz. Tudo isto há precisamente 21 anos.

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