Se quiser ser honesto comigo e com o mundo, admito que os Sigur Rós tiveram um papel determinante na minha evolução emocional nos últimos anos. E admito que ouvir Sigur Rós me eleva a um estado emocional superior. Toda a realidade se condensa e admira. Tudo se suspende e determina. Tive a oportunidade de ver os islandeses ao vivo, e tudo se confirmou, em tom realista, com um som que se entranhou por toda a amplitude do ar no Coliseu dos Recreios. Dois anos depois de Takk, eis que está marcado o regresso, a 5 de Novembro. E desta feita, de novo o risco. A banda que criou um dialecto próprio como forma de expressão vai aparecer com um filme, Heima, e um disco, Hvarf-Heim. Heima, que entre nós surgirá em forma de DVD, mas no Reino Unido tem honras de cinema, é um semi-documentário sobre a tourné gratuita que os Sigur Rós levaram a cabo no último Verão, na Islândia. Hvarf-Heim são, no fundo, dois CDs, com temas acústicos inéditos e temas re-feitos pela banda. O filme, cujo trailer deixo, parece tudo o que os Sigur Rós são. Heima, em islandês, significa "casa". A realização é de Dean Deblois. Ainda que agora em DVD, pode ser que, por exemplo, o IndieLisboa2008 se lembre de o passar em sala. Se quiser ser honesto comigo mesmo e com o mundo, admito que quero voltar a casa.
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