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Como é óbvio (e só um cego como eu é que não queria ver isto) agora já não tenho pachorra para escrever sobre o Alkantara como tinha na altura. Fica a ideia que Tragedia Endogonidia, World in Pictures e An Oak Tree foram espectáculos maiores, que cumpriram todas as expectativas e superaram algumas, trazendo a Lisboa o que de mais arrojado se está a fazer em termos de artes performativas, de teatro, de questionamento do espectáculo enquanto representação. Aguarda-se um novo Alkantara com ainda maior fôlego, a ver se a malta acorda (houve salas bem despidas em coisas espantosas, o que é vergonhoso). E quanto ao Lisbon Village Festival, os senhores da organização, leia-se EGEAC, acharam que a malta tinha ideia, interesse e disponibilidade para ir passar dias completos ao São Jorge. Vai daí criaram bilhetes diários únicos, a 8 euros. Quem queria apenas ver Volver, o último Almodovar, em projecção digital, pagava tanto como o papuço que mamou as sessões todas do dia. O cartaz era no mínimo ridículo (os filmes a competição em longas não se contavam pelo dedos de uma mão), houve péssima promoção do evento, eu não meti lá os pés. É o que acontece quando umas cabecinhas pensantes que recusaram o Indie no São Jorge quiseram arejar a sala e tirar-lhe o cheiro a bafio com "malta curtida". Resultados?

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