Coisas de tugas

Diz um bom amigo meu (não digo grande porque o gajo é minorca) que ser português é "ir a meio caminho na auto-estrada entre Lille e Gent, ver um camião com matrícula portuguesa, meter a mão de fora e dizer adeus, o gajo buzinar quando vê a matrícula do Honda (...), e a gente ficar contente com isso o resto do dia!" É uma boa forma de colocar a questão. Lembro-me que, quando estive na Alemanha, a primeira coisa que ouvi no aeroporto de Hanover, às 10 da noite, foi alguém dizer "não te esqueças do garrafão, c*****!" Era uma tuna da Universidade Católica que ia para a mesma conferência que eu, mas com uma diferença: levavam dois garrafões de abafado, que serviu para embebedar umas quantas alemãs e polacas durante uma noite inteira. No domingo fiquei a saber que "ser português" também é mandar o "guerreiro menino" de volta para a incubadora. Ainda não disse neste blog (mas hei-de dizer) que um dos problemas graves que tenho é gostar muito de Portugal mas detestar os portugueses. Claro que isto, em si, é um paradoxo, mas é real. Mas há dias em as coisas melhoram um pouco e consigo aguentar mais um tempos por cá... Obrigado "guerreiro menino".

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